terça-feira, 5 de janeiro de 2016

reuniões de avaliação

Hoje, 21 de dezembro, ao fim do dia, perdi as estribeiras!!!
Comecei os conselhos de turma: o primeiro, às 8h30; o segundo, às 10h, o terceiro, às 15h30. Uma hora e trinta cada reunião (as intercalares duravam 2h: devem ser mais importantes!). 
Sou secretária de um conselho de turma. Não me nego ao trabalho.
A parte que me f,,,, perdão, parte toda é quando temos de levar as actas à verificação. Para quem não souber, «verificação» é quando levamos as actas à correção/censura. Dizem-nos que a acta tem de retratar o que foi dito, discutido, decidido na reunião. Depois, à vez, temos de esperar no corredor à porta da sala de «verificação», tipo carneiros. Vou sugerir que se tirem senhas! As censoras passam as actas a pente de catar piolhos (não conheço mais fino!): se falta uma vírgula, um acento, se «alunos», «professores» ou outra coisa qualquer aparece em minúsculas, tem de ser sempre em minúsculas, caso contrário, a acta tem de voltar a ser imprimida. Já nem sei se sou prof de português, uma vez que sou corrigida por uma prof de história e uma de matemática. 
Pessoalmente, acho que as actas deviam ser intocadas por terceiros. 
Para não falar no meu primeiro ano, nesta escola em que fiquei estarrecida quando cheguei à sala para entregar os documentos da minha Direção de Turma e me deparei com duas auxiliares a conferir as notas e os restantes documentos!!! Nem queria acreditar!
Depois, veio a censura! Nem é tanto pela censura, mas pela forma como nos tratam: parece o posto médico. Por vezes, há reuniões de avaliação às 17h ou 17h30: mas a verificação termina às 17h30!
Sim, porque os subalternos (os professores, pois não somos colegas!) não temos de ir buscar os nossos filhos, voltar para casa, para a família...
Abandonei o corredor onde esperava, lançava chamas por todo o lado, palavrões saiam aos rodos (a minha melhor amiga é transmontana, por isso, o léxico é variado!!!).
Já devia estar habituada a este tipo de tratamento, nesta escola, já que cá estou há 14/ 15 anos.
Continuo idealista e sou uma saudosista: ainda me lembro das escolas onde, quando alunos e professores chegavam à escola, já lá estava um membro do Conselho Diretivo; alguém da Direção era o último a sair. Na Preparatória da Amarante, enquanto houvesse alguém à espera para entregar os documentos dos Conselhos de Turma, o pessoal da Direção, recebia-nos fosse até que hora fosse.
A escola tem coisas boas, excelentes: a proximidade, os auxiliares (5 estrelas), alguns colegas e, sobretudo, os alunos.
Sei que nada é perfeito, mas aquela direção deixa tudo a desejar: humildade, simpatia, competência, agilização, confraternização, ...
Vou terminar com uma citação: fica sempre bem:

 «Liberdade, Igualdade, Fraternidade foda-se!!! 
Mas não desespere: Este país … ainda vai ser “um país do caralho!”
Atente no que lhe digo!»   ( Foda-se, Millôr Fernandes)





 




Sem comentários: