quarta-feira, 25 de maio de 2016

O meu jardim

Tenho um jardim. É o meu refúgio, onde me sinto bem!
Liberdade, verdura, frescura: o cúmulo da felicidade. Estamos a transformá-lo em parque. Talvez já não consiga ver as árvores gigantescas que ambiciono, mas, vê-las crescer, ter de levantar os olhos para conseguir alcançar toda a sua imponência, isso já posso fazer. Aquelas tílias que «roubamos» não me chegavam aos joelhos! Agora, presenteiam-me com a sua sombra, com o seu suave aroma, no verão, o canto dos melros refugiados nos seus ramos, ...
Os azevinhos, de folhas recortadas, brilhantes e escuras, celebram o Natal todo o ano com as suas bolinhas encarnadas. Dois chorões crescem lado a lado, como batentes de porta aberta para o caminho ladeado de alfazema, cujas manchas roxas borbulham de vida, em pleno verão. Recolho as sementes que enchem saquinhos para perfumar guarda-fatos e a minha almofada. A alfazema embala os meus sonhos.
Este parque é uma homenagem viva aos animais que ali repousam: tantos amigos de quatro patas!
Um dia, quero que as minhas cinzas fiquem para sempre neste cantinho do mundo, debaixo de um canteiro de jarros brancos. Como eles, quero renascer em cada estação. 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Porto seguro?

Sou o rochedo,
Porto seguro,
O ombro amigo,
A sempre presente.
Confessas-me as tuas dores,
As tuas mágoas,
As tuas dúvidas...

Eu não sou o rochedo!
Não viste que sou jangada?
Madeira frágil,
À deriva.
Quem me prende ao cais?
Quem me dá a mão?
Quem me agarra antes que me afunde em alto mar?
Só me encontras quando precisas!

Continuo perdida na névoa,
No meio dos escolhos.
É a maré que me guia.
Nunca tu!

Não sou rochedo!
Sou jangada!


Ana Bela Leão

domingo, 8 de maio de 2016

Colégio... ou não?

Filho meu não frequentava este, em Rio Tinto!!!



Que vergonha!!!