terça-feira, 18 de novembro de 2014

Saudade!

Esta manhã, acordei com saudades tuas: as nossas conversas e as nossas crenças sobre a outra vida, o além...
Estava na cama e sorri: vi-te com a tua neta pela mão, a caminho da quinta, para ires alimentar o cavalo. Tão pequenina, ao teu lado! Tinhas sempre coisas para lhe contar, mostravas-lhe os insectos, as plantas,... a vida, enfim.
Foste um pai presente (por vezes, duro!), um avô extremoso. Que memórias gratas que eu tenho de ti, especialmente com a tua neta!
Vejo-te sentado à frente de casa, já na cadeira de rodas, a leres histórias à Ângela (de perninhas à chinesa ou dobradas e queixo pousado nos joelhos). Ela ficava muito atenta. Quando deixaste de poder virar as páginas, era ela que o fazia (trabalho de equipa!). Ela também adorava as histórias que improvisavas e decorava-as, corrigindo-te quando alteravas algum pormenor.
Lembras-te, também, daquela vez em que a Elisabeth, a Stéphanie e a Ângela, o trio maravilha!, te fizeram umas tranças com lã amarela? Aquela foto está fantástica! O teu ar de felicidade junto delas! Como sinto a tua falta, por vezes!
É por isso que não morremos: ficamos sempre no coração de alguém.
Saudades!