terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Auschwitz, 27 de Janeiro de 1945



No dia 27 de Janeiro de 1945, os soldados do Exército Vermelho entravam no campo de Auschwitz-Birkenau, no sul d a Polónia. Aí, encontraram 7000 deportados num estado de agonia sem precedentes.

Os nazis deixaram aqueles sete mil moribundos sem água nem mantimentos, por acharem que o estado em que se encontravam não permitia, de modo algum, a sua evacuação para outro campo. Os restantes 60 mil prisioneiros foram conduzidos em marcha acelerada para campos situados a Oeste. Foi a “marcha da morte” – a maioria morreu de cansaço, fome ou de tiro em desesperadas tentativas de fuga.
O III Reich instalou em Auschwitz a maior fábrica de morte, das várias que montou entre a Alemanha e a Polónia. Aí, entre 1942 e 1945, foram asfixiadas com gás Zyclon B, depois queimados em fornos crematórios, um milhão de judeus vindos dos países ocupados pela Alemanha. Havia ainda prisioneiros de guerra polacos (80 mil) e soviéticos (15 mil), ciganos (20 mil) e 12 mil de diversas nacionalidades. Auschwitz, pela sua descomunal dimensão, tem o triste registo de maior cemitério da História.

O estado-maior nazi, que se realizou em Wannsee, decidiu proceder, a partir dali, à “solução final do problema judeu”.
O campo funcionava como reservatório de mão-de-obra para a indústria alemã. Esta sua função nunca deixou de ser utilizada mas, a partir de meados de 1942, foi também a principal unidade de liquidação dos povos judeu e cigano – considerados “degenerados”.
Auschwitz passou a ser igualmente um “espaço científico” experimental. Josef Mengele, nomeado médico-chefe do campo em 1943, desenvolveu aí um projecto de investigação, utilizando cobaias humanas.
A indústria da morte aperfeiçoou-se e atingiu o seu clímax em 1943, com 20 mil pessoas a serem liquidadas diariamente nas câmaras de gás e cremadas, em seguida, nos fornos. Comboios vindos dos vários extremos da Europa ocupada pelos nazis, da França à Grécia, da Bélgica aos países bálticos, chegavam em cadência crescente. Traziam levas de seres humanos que descarregavam no cais do campo de Auschwitz, onde, sob força militarizada, se processava à separação, segundo a idade e o sexo.
Os últimos meses de vida no campo foram particularmente lancinantes, à medida que a derrota nazi se avizinhava. Antes de abandonar o campo, os nazis tentaram destruir as câmaras de gás e os fornos. Não o puderam fazer na totalidade porque as ordens que vinham de Berlim eram de continuar até ao último momento com a “solução final”.
As tropas do Exército soviético aceleraram a marcha e ocuparam o campo. Foi o espanto que esta realidade provocou junto dos soldados que levou a que os campos de morte nazis se transformassem, rapidamente, em lugares de memória.

(Não apaguem a memória, António Melo)

3 comentários:

Celeste Amorim disse...

Olá professora, não sabia onde escrever por isso resolvi escrever aqui! Aqueles livros que a prof. leu, os da Stephenie Meyer fui eu que os recomendei. Ah pois!!!

Tem aqui um excelente blog.

Apesar de já não ser nossa prof. gostamos muito de si, mas também gostamos da outra (já não me lembro do nome da senhora, se calhar nunca soube) pois ela deixa-nos fazer tudo, é incorreto mas paciência!!!

Bjs :)

Celeste Amorim 8ºB

P.S. A prof. sabe logo quem é, aquela maluca que todas as semanas lhe mostrava um livro diferente!!! Para depois a prof. ler Ah Ah Ah!!!

Anónimo disse...

Pois é passaram 65 anos sobre o HOLOCAUSTO...incrível, mas bem real!!!!!!!!
Infelizmente ,ainda acontecem por esse mundo fora alguns "holocaustos": violência doméstica e psicológica ;violações de vária ordem;prepotência;ditaduras ( em democracias),fome;Guerras;A Vida é bem dificil,mas nós é que também por vezes a complicamos.Beijoca e bom fim de semana.Tripeira

Ana Pinto 8ºC disse...

Bisous