sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Neste momento, estou diante da turma que está a fazer teste.

Não consigo impedir de descer sobre mim um sentimento de ternura, de amor que sinto pelos alunos.

Amanhã, estarei de novo desesperada, cheia de raiva em relação a eles... Mas sei que momentos como estes são aqueles que devo guardar «para memória  futura», quando estiver reformada, refastelada a ler um bom livro, quando o deixar repousar no colo, para uma pequena pausa, sei que o meu espírito voltará para junto deles, para aquelas carinhas, aqueles trejeitos... e sentirei saudades. 

Tenho esperança e fé que terei deixado algo de bom, de positivo em cada um deles e que, de longe a longe também se lembrarão de mim.

Depois de " ser mãe", com todas as dificuldades, dores, maus momentos, ser professora é a mais bela profissão do mundo. 

sábado, 26 de outubro de 2024

Não posso acreditar que, tantos anos passados,esteja de volta. 
Não quero seguidores, só me quero abrir contigo quando quiser.
O que tenho para te contar? Vivi muita coisa boa e outra má. 
Hoje, é mais um dos
meus muitos dias em que me sinto cansada, vazia, inútil, descontextualizada. Nada de novo, não é?, mas faz sempre bem pôr isto em palavras, por muitas vezes que a situação se repita.
As coisas mais íntimas passam para o papel (o meu diário) poia são muito minhas, muito complexas, sem nexo.
Tenho uma vida repleta, mas vivo sempre insatisfeita. Insatisfeita comigo, com os outros, com a vida. As mudanças de estação alteram sempre a minha disposição, não vou dizer boa disposição, pois é coisa rara em mim.
Contudo, por vezes, um nada dá sentido à minha vida.
A natureza deixa-me sempre sem palavras. 
Um dia de sol, uma flor a desabrochar, um aroma, um inseto... tudo me deixa espantada e faz com que sinta que vale a pena viver, mesmo que, em mim, seja sempre um sentimento passageiro. Só por esses momentos, vale a pena viver!



segunda-feira, 9 de março de 2020

Aos meus alunos de Airães

estamos de quarentena, contudo, podemos partilhar materiais, conteúdos através deste blogue. Vou divulgá-lo pelo facebook.
Veremos se conseguimos criar grupos de trabalho.

Portem-se bem
Beijinhos


sábado, 16 de novembro de 2019

Saudades!!!

Olá, meu querido blog,

há tanto tempo que não te visitava que já nem sabia o teu «endereço».
Tenho tentado entender-me com o Face, mas, sinceramente, é muito oco: só serve para «cuscar» a vida de quem a quer exibir.

Assim, voltei!!!!!
💋💋💋

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Incompetentes nos lugares de dirigentes

Saturada de ser dirigida pelos piores incompetentes de que me lembro!!!
Mas, o que mais dói é vê-los premiados. Gente que só "trabalha" para inglês ver; os mais nulos que há em trabalho concreto, efectivo; aqueles que falham por completo no que importa, que é «ensinar» os alunos... São os mais valorizados, nesta escola.
É frustrante. Auto comiseração? Não, não é. Tinha prometido a mim mesma calar, passar ao lado e esquecer.
Mas, por muito que queira, não consigo.
Vem aí o secretário de estado de «não sei quê»: o director já levita, não caminha...
A escola subiu no ranking nacional: o Senhor Director veio nos dizer, a nós, pobres professores, em reunião de Departamento, depois de um dia inteirinho de aulas, que, numa entrevista a não sei que jornal, respondera que não tinha culpa de ter bons alunos!!!
Não segurei na língua: «Imagina se os professores fossem bons!»
Que saudades de dar aulas, ensinar, trabalhar só para os alunos, não para estatísticas, não para tomar conta deles em apoios, tutorias, Oficina de Preparação para Exame, acompanhamento educativo, preenchimento de papelada... É verdade: nesta escola, ainda existem «aulas de substituição», pois ter "furos" não é bom para os alunos; há «Supervisão Pedagógica» (deve ser para ver se os professores estão ao nível dos alunos!).
Às vezes (só às vezes!), tenho saudades de ser "contratada": não tinha tempo de ser atingida pelo cheiro a podre.
Respirar fundo, soltar o grito no alto do monte: «AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!»
Pronto, já me sinto melhor!

terça-feira, 15 de novembro de 2016


Num sábado, apeteceu-me uma daquelas tardes estúpidas, a ver televisão.
O título do filme, na TVI, era «Mac Kenna rumo ao estrelado». Uma daquelas histórias fooooofinhas, onde a atriz principal, uma menina, só vive para a ginástica. Há uma série de peripécias e complicações, um pé partido que a podem impedir de chegar ao «estrelado».
Como me sinto estúpida desde o Acordo Ortográfico, mudança de nomenclatura na gramática (que já se chamou de CEL e voltou a "Gramática") e outras coisas que tais... toca a consultar o meu melhor amigo, nestas situações, o Sr. Dicionário. Este diz-me: «estrelado: coberto de estrelas; ovo frito sem ser batido»;   «estrelato: situação brilhante desfrutada por pessoa que sobressai pelo valor, prestígio, principalmente nas áreas de teatro, cinema, música, desporto».
É certo que o Sr Dicionário já data de 2011 (uma relíquia, vá!!!).
Então, dou por mim a pensar: quantos jovens competentes, cultos, formados estão no desemprego?! Por que razão os incompetentes ocuparão os melhores cargos? Bons padrinhos, como sempre! Ou tiraram licenciaturas, mestrados e doutoramentos pelas Novas Oportunidades, pois está muito na moda!

Como dizia o António Aleixo: « Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência.»



(ia colocar aqui a imagem dum burro a mostrar os dentes, mas respeito muito os animais!!!)

quarta-feira, 25 de maio de 2016

O meu jardim

Tenho um jardim. É o meu refúgio, onde me sinto bem!
Liberdade, verdura, frescura: o cúmulo da felicidade. Estamos a transformá-lo em parque. Talvez já não consiga ver as árvores gigantescas que ambiciono, mas, vê-las crescer, ter de levantar os olhos para conseguir alcançar toda a sua imponência, isso já posso fazer. Aquelas tílias que «roubamos» não me chegavam aos joelhos! Agora, presenteiam-me com a sua sombra, com o seu suave aroma, no verão, o canto dos melros refugiados nos seus ramos, ...
Os azevinhos, de folhas recortadas, brilhantes e escuras, celebram o Natal todo o ano com as suas bolinhas encarnadas. Dois chorões crescem lado a lado, como batentes de porta aberta para o caminho ladeado de alfazema, cujas manchas roxas borbulham de vida, em pleno verão. Recolho as sementes que enchem saquinhos para perfumar guarda-fatos e a minha almofada. A alfazema embala os meus sonhos.
Este parque é uma homenagem viva aos animais que ali repousam: tantos amigos de quatro patas!
Um dia, quero que as minhas cinzas fiquem para sempre neste cantinho do mundo, debaixo de um canteiro de jarros brancos. Como eles, quero renascer em cada estação.